Clima bom para semear feijão em SP
As chuvas mais espaçadas e o forte calor do começo da semana diminuíram a umidade do solo. As temperaturas mais altas foram registradas em Iguape e Campinas, onde os termômetros marcaram 35,8 graus.
As pancadas ocorreram de forma irregular e mal distribuída. Em Franca, Itapeva e Ribeirão Preto houve os maiores volumes acumulados, 90, 99 e 75 milímetros, respectivamente, o que ajudou a manter a quantidade de água disponível no solo no nível máximo, nesses municípios.
Em Jaboticabal, Jaú, Piracicaba e Votuporanga as chuvas vêm ocorrendo em pequeno volume, fazendo com que a água disponível para as culturas de sistemas radiculares menores, como gramíneas e soja, comece a diminuir.
Entretanto, isso ainda não é suficiente para prejudicar as culturas; há apenas uma diminuição no processo de crescimento e desenvolvimento da massa verde, principalmente nos pastos. A soja já atingiu crescimento máximo e as lavouras mais tardias estão em processo de maturação dos grãos e, nesse caso, as condições climáticas estão totalmente favoráveis.
FERRUGEM E BROCA
A associação de altas temperaturas e umidade favorece o desenvolvimento de doenças como a ferrugem e a broca. Cafeicultores precisam verificar as lavouras e pulverizar os cafezais sempre que necessário. Para as lavouras com alta produção é importante verificar os nutrientes disponíveis, principalmente o potássio e o fósforo.
Nas lavouras de milho e de soja cultivadas com variedades precoces que entraram em fase de maturação e colheita, os agricultores aproveitam o tempo mais seco para as atividades de campo. A safra, de forma geral, apresenta bons rendimentos, resultado das chuvas frequentes durante toda a safra. Por outro lado, os preços do milho não estão animando os agricultores a prosseguirem com o preparo do solo para a safrinha, que termina nos primeiros dez dias de março.
O clima favorece a semeadura do feijão das secas em Itararé, Itaberá e Capão Bonito e as atividades de colheita como a batata em Itapetininga e Socorro, o tomate em Mogi-Mirim e Sumaré e a extração do látex em Votuporanga e São José do Rio Preto.