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FUNDO TERRA VIVA DESENVOLVE USINAS PARA LANÇAR AÇÕES

O fundo de investimento Terra Viva está em busca de usinas de açúcar e álcool para desenvolver e trazer à Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Segundo o diretor geral do fundo, Humberto Casagrande, a ideia é investir em cinco unidades, para depois uni-las e lançar ações de uma companhia maior.
O primeiro passo já foi dado, com a compra de cerca de 20% de uma usina do grupo Tonon, que possui duas unidades de produção. O preço pago não foi revelado. Uma delas fica em Bocaina (SP, região de Jaú) e a outra em Maracaju (MS). A capacidade é de esmagamento de 5,3 milhões de toneladas de cana. Mais três negócios estão em andamento, mas Casagrande ainda não revela os detalhes.
O Terra Viva é um fundo da DGF Investimentos, empresa criada em 2001 por Sidney Chameh, analista de investimentos com passagens pelos bancos Sudameris, Multiplic, FAR e Crefisul. Casagrande, ex-diretor do Citibank, Sudameris, Credibanco e ex-presidente da antiga Associação Brasileira dos Analistas do Mercado de Capitais Nacional (Abamec, agora Apimec), se transformou em sócio no início de 2007.
A DGF gere hoje ativos de cerca R$ 450 milhões e seu objetivo é desenvolver a indústria de Venture Capital (capital semente) e Private Equity (investimento em participações) no Brasil. O Terra Viva, conta Casagrande, é voltado para a área de biocombustíveis e tem capital comprometido de R$ 300 milhões. Entre seus cotistas estão seis fundos de pensão – Previ (Banco do Brasil), Petros (Petrobras), Funcef (Caixa Econômica Federal), Banesprev (Banespa), Fibra e Fachesf (Chesf) – além do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP). O fundo tem prazo de oito anos, prorrogáveis por mais dois.
De acordo com o diretor-geral, o foco de investimento do Terra Viva é a abertura de capital das empresas. “Esse segmento, de combustíveis, não passou pela consolidação vista em outros setores. São cerca de 400 usinas, ou seja, um universo muito pulverizado, com 300 grupos.” A intenção, diz Casagrande, é ter participações minoritárias nas empresas e, no processo, mudar o perfil de governança das companhias, preparando-as para a abertura de capital (Último Segundo, 1/3/10)