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GRANDES GRUPOS DE OLHO NA PAULISTA MANDU

Os principais grupos sucroalcooleiros do país se movimentam na disputa pela usina Mandu, de Guaíra. Segundo apurou o Valor, quatro empresas entregaram propostas não vinculantes para comprar a usina, controlada por Roberto Diniz Junqueira. Além da Cosan, também estão na concorrência a Açúcar Guarani, que recentemente adquiriu metade da usina Vertente, de Guaraci (SP), a multinacional Bunge e a Companhia Agrícola e Pecuária Lincoln Junqueira, que conta com capacidade instalada para moer 14 milhões de toneladas e que tem como controlada o grupo de usinas Alto Alegre, que tem três unidades, das quais duas no Estado do Paraná.
Procuradas, Cosan, Alto Alegre e Guarani não se manifestaram. A Bunge não confirmou a informação. Segundo fontes, a família controladora da Mandu está interessada em vender a empresa porque considera que agora é um bom momento para se desfazer do negócio. As propostas apresentadas giram em torno de US$ 110 por tonelada. A Mandu tem capacidade para moer 3,2 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra.
Tradicional no ramo, a Mandu fazia parte do seleto rol de usinas que pertenciam à trading Crystalsev antes da fusão que resultou na Santelisa Vale, em 2007. Esta foi criada a partir da união dos ativos da Santa Elisa, de Sertãozinho (SP), Vale do Rosário, de Morro Agudo (SP), e outras usinas paulistas, e foi incorporada no ano passado pela múlti francesa Louis Dreyfus.
Procurada, a Mandu não retornou as ligações. A usina, que está prestes a completar 30 anos, recebeu no ano passado investimentos de R$ 40 milhões para melhorar o processamento de cana de 534 toneladas por hora para 670 toneladas por hora, além de outras melhorias industriais. Por conta do excesso de chuvas no ano passado, a Mandu somente conseguiu moer 2,8 milhões de toneladas, apesar da previsão inicial de 3,2 milhões de toneladas. A produção de açúcar atingiu 2,83 mil sacas de 50 quilos e 135 milhões de litros de etanol. Para assessorá-la no processo, o grupo contratou a consultoria Arsenal Investimentos, segundo fontes do mercado (Valor, 2/3/10)