Estudo do Insper indica que para dar lucro, o boi deve ser abatido depois de 794 dias
Para obter o máximo de lucro possível, o produtor de gado de corte deve abater os animais próximos de 794 dias de vida. É o que diz um estudo feito pelo Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper). “Depois desta data o animal começa a dar prejuízo, pois continua a comer, porém não ganha mais peso em quantidade suficiente para compensar os gastos com alimentação”, explica uma das pesquisadoras envolvidas na elaboração do estudo, Adriana Bruscato.
Ela explica que no levantamento foram considerados os gastos com ração e o fato de que o animal tem um rendimento de carcaça de 54%, ou seja, do peso do boi vivo, apenas este porcentual é usado no cálculo para remunerar o produtor.
“Ao fazer a análise gráfica, percebeu-se que o animal ganha peso até determinado dia. Depois disso, seu peso se estabiliza, mas ele continua ingerindo grande quantidade de comida. Ou seja, o produtor gasta com a comida, mas o peso do animal não aumenta.”
Para chegar a esse resultado, foram realizadas pesagens em 133 animais da raça nelore. Como o ganho de peso dos bovinos varia muito, conforme características como sexo, idade e raça, por exemplo, a pesquisa considerou apenas animais machos, castrados e mantidos com água, sal mineral e alimentos volumosos, todos disponíveis de forma ilimitada.
A pesquisadora diz que, apesar de ter sido feita com bois da raça nelore, a metodologia da pequisa pode também ser aplicada a outras raças e a outros sistemas de criação, como o confinamento, por exemplo.
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