Rastreabilidade de suínos
Um sistema de rastreabilidade para o rebanho suíno poderá ser implantado no país para garantir o embarque do produto para a União Europeia (UE). De acordo com o presidente da Abipecs, Pedro de Camargo Neto, a medida, que depende de liberação das exportações pela Comissão Europeia, foi proposta pelo setor brasileiro para atender a demanda do bloco por animais sem ingestão de ractopamina – substância usada para estimular o desenvolvimento dos suínos.
Ontem, a UE publicou relatório em que aponta que o setor é bem organizado e tem os recursos necessários para aplicar a legislação. Contudo, indica a falta de controle para determinar a ingestão deste medicamento como entrave à abertura do mercado europeu ao produto brasileiro. Conforme Camargo Neto, a UE já aprovou a aplicação do sistema, que seria feito em lotes e não individualmente como o Sisbov. “O relatório fala que não temos sistema e não temos mesmo, mas também menciona a proposição de garantir isso”, justificou o dirigente, que considerou o relatório muito positivo.
Camargo Neto estimou que o Brasil possa ser responsável por 50% da cota de 50 mil toneladas que a UE abre para importação de carne suína e projeta que os embarques possam ser feitos em alguns meses.
O secretário de defesa agropecuária do Ministério da Agricultura, Inácio Kroetz, informou que os europeus estiveram em outubro em SC e que a abertura poderia ser restrita ao estado. Ainda disse que não há garantia de liberação do mercado.
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