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Justiça analisa desvio de arroz em assentamento do MST no Rio Grande do Sul

Dois casos envolvendo os sem-terra em Nova Santa Rita, no Rio Grande do Sul, ainda não tiveram sentença e estão sob exame da Justiça Federal. Um deles analisa que providências serão tomadas com relação ao superintendente regional do Incra, Mozar Dietrich.
Conforme denúncia do Ministério Público, ele teria forçado arrendatários do assentamento Santa Rita de Cássia II a dobrar a quantia paga pelo arrendamento aos assentados do MST – embora arrendar terras da reforma agrária seja ilegal. O procurador da República Adriano Raldi, de Canoas, diz que o dinheiro a mais obtido pelas sacas de arroz colhidas não iam para os beneficiários dos lotes, mas para o MST. Dietrich chegou a ser afastado provisoriamente, por ordem judicial, da chefia do Incra, mas voltou ao cargo após garantir que apenas determinou o fim dos arrendamentos. Raldi estuda ação contra Dietrich, por improbidade administrativa.
O segundo caso é o desaparecimento do arroz plantado pelos arrendatários em Nova Santa Rita e confiscado pela Justiça Federal. Perícia concluiu que, das 4 mil toneladas de arroz apreendidas junto aos arrendatários – e que deveria ter sido guardada por eles até sair a sentença judicial a respeito –, restam apenas 77 toneladas (1,92% do total). Quase todo o cereal sumiu dos depósitos guarnecidos pelos arrendatários e a desconfiança é de que foi vendido. O Ministério Público pretende mover ação criminal por desobediência à ordem judicial, com bloqueio de bens dos arrendatários.
 

 

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