Paraná pode deixar de vacinar contra aftosa em novembro
A vacinação do rebanho do Paraná contra a febre aftosa em novembro poderá ser suspensa. A informação é de Inácio Afonso Kroetz, secretário nacional de Defesa Agropecuária (SDA), que esteve ontem em Curitiba, no seminário Paraná livre de aftosa sem vacinação, para anunciar o início do processo de reconhecimento do status do Estado como área livre da aftosa sem vacinação. O Estado já está sendo analisado e dependendo dos resultados em novembro a próxima etapa de vacinação pode ser suspensa, adiantou.
Segundo Kroetz, a campanha de vacinação do mês de maio está mantida. Esse é um compromisso que todos no Estado precisam manter, destacou. Caso a vacinação de novembro seja suspensa, já em maio de 2011 os animais que não receberam vacina poderão ser submetidos a exames laboratoriais. Se não forem detectados anticorpos no sangue deles o Paraná poderá ser declarado área livre, informou.
O secretário disse que a solicitação do Paraná foi feita num bom momento. O Brasil inteiro está comprometido com isso. A tendência é que todos os estados evoluam para isso, adiantou. Kroetz elogiou o sistema de vigilância sanitária do Estado, mas destacou que ele deverá ser ampliado para atender às demandas do novo status do estado.
O Estado não está salvo de risco, mas o Paraná tem uma forte vigilância e o apoio fundamental do Funpec (Fundo de Desenvolvimento da Agropecuária do Paraná), elogiou.
Justamente por conta desse bom momento, Kroetz diz acreditar que o Paraná não terá problemas nas fronteiras. O Estado faz divisa com Santa Catarina, que já é área livre, e a divisa com o Paraguai tem barreiras naturais que impedem a migração dos rebanhos, defendeu. Caso seja suspensa a vacinação em novembro, adiantou o secretário, medidas mais duras de controle serão implantadas. Há um controle intenso no trânsito de cargas com potencial de transmissão e que não poderão circular sem documentação, destacou.
Ontem três pré-candidatos ao governo do Estado – Beto Richa (PSDB), Osmar Dias (PDT) e Orlando Pessuti (PMDB) – estiveram no evento e assumiram um compromisso com a manutenção das medidas que garantirão esse status ao estado. Assumo esse compromisso. Mas acho que não devemos ficar contentes só com esse status, e sim trabalhar pela extinção de outras doenças como a tuberculose suína, a ferrugem da soja, declarou Beto.
Já o vice-governador Pessuti destacou sua participação nas ações do governo que culminam agora com esse processo. Por fim, Osmar destacou que fez parte desse trabalho como secretário de Estado da Agricultura. E elogiou as ações do atual secretário, Valter Bianchini (PT). Temos é que nos unir e dizer para sociedade que isso é bom não só para a agricultura, mas para o consumidor que receberá um produto mais sadio, disse.
Rosiane Correia de Freitas
Fonte: Folha de Londrina
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