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PRODUTORES AMEAÇAM PARAR COM CULTURA DE PINHÃO MANSO NA PROVÍNCIA DE NAMPULA, MOÇAMBIQUE

A falta de compradores para a jatrofa produzida na província de Nampula poderá ditar o abandono daquele cultura que constitui matéria-prima para a produção de biocombustíveis, informou o jornal Notícias, de Maputo.
A situação é mais crítica nos distritos de Meconta e Muecate onde os produtores apostaram naquela cultura, desde que foi introduzida há cerca de três anos, conseguindo níveis de colheitas consideradas satisfatórias quando comparado com os restantes pontos da província.
O Notícias adianta que a produção correspondente às três primeiras campanhas agrícolas naquela região de Moçambique continua nos celeiros dos produtores sem que se vislumbre um único comprador.
O início do plantio da jatrofa surgiu na sequência de uma decisão governamental nesse sentido visando reduzir a dependência do país aos combustíveis fósseis mas a ausência de empresas interessadas na compra da jatrofa aos produtores do sector familiar está a fazer com que muitos agricultores tenham, de acordo com o diário, manifestado vontade em abandonar aquela cultura.
O jornal informa também que no decurso de uma deslocação a Nampula do vice-ministro do Turismo, Rosário Mualeia, o director provincial da Agricultura, José Varimelo, informou que a colheita obtida no decurso das 3 primeiras campanhas não justifica a sua comercialização.
José Varimelo disse ainda que foram os produtores aconselhados a aprovisionar a colheita para servir para semente ou para comercialização a outros possíveis interessados em fazer a sua multiplicação.
O director provincial de Agricultura mencionou ainda que a direcção da Companhia Industrial do Monapo, que já possui uma linha de produção de biocombustíveis a partir da jatrofa, é da opinião que a colheita obtida até à data na província não justifica o início da laboração da sua unidade fabril (Macauhub, 19/3/10).