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CARGILL MEDE INVESTIMENTOS NO CONTA-GOTAS

A Cargill trancou o cofre
no Brasil. Após se desfazer
da Seara, vendida para
a Marfrig, o grupo norteamericano
tem adotado uma
política mais austera de investimentos
no país. A área
de negócios mais afetada é
a de álcool e açúcar. A
Cargill puxou o freio de mão
nos planos de aquisição –
duas negociações em curso
desde o ano passado
foram suspensas. Salvo
algum ativo caído dos céus,
leia-se bom, bonito e barato,
os norte-americanos vão
se concentrar no crescimento
pelo greenfield.
O principal projeto é a
ampliação das áreas de
cultivo de cana no entorno
da Cevasa, usina localizada
na cidade de Patrocínio
Paulista. A planta está restrita
à produção de etanol,
mas, com a expansão do
plantio, a Cargill vai iniciar a
fabricação de açúcar já na
próxima safra. O grupo norte-
americano não vai bancar
sozinho o upgrade da
Cevasa. Parte da conta vai
para os acionistas minoritários
da usina – um grupo
de produtores da região que
detém 37% do capital.
Em todas as unidades
de negócio da Cargill, apenas
dois projetos estão confirmados
até o momento.
Um deles, na verdade, é um
carry over de 2009: a conclusão
das obras de ampliação
do complexo industrial
de Uberlândia (MG). Além
disso, a empresa definiu que
vai construir um centro de
pesquisa e desenvolvimento
em São Paulo, no valor de
US$ 6 milhões.
(Relatório Reservado, 23/3/10)