Como evitar doenças nos caprinos
Os caprinos, normalmente, não são muito sujeitos a doenças e com um bom manejo, dificilmente adoecem. É aconselhável, no entanto, algumas medidas para evitar a incidência de doenças na criação e entre elas, podemos destacar:
– manter em quarentena todos os animais vindos de fora, mesmo os que saíram para exposições ou por qualquer outro motivo e que estejam de regresso;
– limpar, raspar e melhor ainda, depois desinfetar todas as instalações evitando o aparecimento ou dando combate aos insetos e parasitas que porventura lá existam. O melhor é o uso do lança-chamas, pois o fogo desinfeta e desinfesta, matando todos os micróbios e insetos por ele atingidos;
– lavar e desinfetar todos os comedouros e bebedouros e depois secá-los bem;
– manter sempre bem secas as instalações, não molhando as ripas do piso, evitando a umidade, pois é ela a causadora do aparecimento de muitas doenças, principalmente a coccideose, cujos parasitas necessitam de umidade para se desenvolverem no meio exterior, tornando-se infestantes. Além disso, facilita a proliferação de moscas, mosquitos e outros insetos muito nocivos aos caprinos;
– não criar caprinos junto com animais de outras espécies como carneiros, bois, etc. e nem entrar em contato com cães e gatos, que lhes podem transmitir doenças;
– eliminar ou isolar da criação, o mais rapidamente possível, qualquer animal que apresente algum sinal de doença, porque pode se tratar de uma doença infecto-contagiosa que pode se espalhar por toda a criação;
– a pessoa que lidar com os animais doentes não deve, depois, ter contato com os animais sadios, para evitar que estes também se contaminem;
– evitar o aparecimento de todos os animais que possam transmitir alguma doença aos caprinos, como ratos, pássaros, cães, gatos, morcegos, etc.;
– queimar ou enterrar em cova funda e cobri-los com cal virgem, para desinfetá-los, todos os cadáveres de animais e detritos contaminados;
– tirar da criação, todos os animais fracos, raquíticos, mal desenvolvidos ou “de pouca saúde”, porque estão mais sujeitos a contrair doenças, passando aos outros;
– queimar ou desinfetar o esterco e toda “sujeira” ou material que esteve em contato com animais doentes ou suspeitos;
– fornecer aos caprinos uma alimentação racional e alimentos de boa qualidade e frescos, para evitar distúrbios alimentares.
Estas são algumas das medidas mais importantes para que seja evitado o aparecimento de doenças dentro da criação. São ações lógicas e racionais e quando tomadas isoladamente, ou melhor ainda, em conjunto, podem dar grandes resultados na profilaxia das doenças infecto-contagiosas e parasitárias, impedindo ou dificultando a sua penetração e o seu desenvolvimento na criação ou diminuindo as sua conseqüências.
Por: Dr. Márcio Infante Vieira
Fonte: Rural News
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