GLIFOSATO CHINÊS É TEMA DO CONSEAGRI
O Conseagri, conselho que congrega os secretários estaduais de Agricultura e que discute problemas relacionados ao setor agropecuário, se reúne hoje em Belo Horizonte. A revisão da tarifa antidumping para o glifosato chinês está na pauta.
Os secretários vão bater firme para que seja retirada a taxa antidumping, hoje em 2,1%. No máximo, alguns sugerem uma manutenção. Gilman Viana, anfitrião do encontro e secretário de Minas Gerais, diz que “o correto seria eliminar toda a taxa, pois é preciso abrir o mercado à concorrência.”
Neldo Egon, secretário de MT, o maior produtor de soja do país, diz não concordar com a elevação da taxa. O efeito dela já está incluído na formação dos custos de produção e uma alta vai pesar ainda mais no bolso dos produtores, diz ele. A taxa, que era de 35,8%, recuou para 11,7% em 2008 e atualmente é de 2,1%.
João Sampaio, de São Paulo, é totalmente a favor da retirada da taxa, até porque o produtor brasileiro chega a pagar o dobro do que o argentino pelo produto. Valter Bianchini, do Paraná, vai na mesma linha, e pede uma harmonização no Mercosul.
A não elevação dos custos dos produtores é vital, principalmente neste momento de preços baixos e câmbio desfavorável. É preciso haver uma harmonização no Mercosul e desburocratizar o avanço dos genéricos, segundo Bianchini (Folha de S.Paulo, 23/3/10