Cafeicultura de precisão: maior conhecimento do talhão para tomadas de decisão
A cafeicultura de precisão é a aplicação do conceito de agricultura de precisão nas lavouras de café. A técnica consiste em gerenciar as lavouras considerando que elas não são uniformes e, a partir desta consciência, elaborar estratégias para otimizar a produção, reduzindo os custos com insumos e aumentando a produtividade. Na Fenicafé, que ocorre entre os dias 24 e 26 de março, em Araguari, Minas Gerais, o professor José Paulo Molin, da Esalq, vai falar sobreos benefícios da cafeicultura de precisão.
Ela consiste em gerenciar talhão por talhão considerando que dentro do talhão não existe uniformidade e este fato é que dá origem a todos os desdobramentos de técnicas, de ferramentas e de perspectivas para melhorar a produção. A produtividade não é uniforme dentro, a fertilidade do solo não é uniforme. O objetivo não é alcançar uniformidade, é melhorar cada área, colocar mais onde precisa mais e menos onde precisa menos, é identificar manchas de alta ou de baixa produtividade, porque com isso a gente tem um balanceamento de nutrição com base na extração — explica o professor.
A amostragem de solo em grade, que é uma espécie de diagnóstico especializado da terra, gera uma mapa de fertilidade do talhão que, segundo Molin, é essencial para a tomada de decisão das ações que serão aplicadas no talhão. Com o mapa de fertilidade, o produtor sabe onde ele deve aumentar os insumos e onde a terra já é fértil. Ele consegue ter uma visão ampla e detalhada da sua propriedade.
Os objetivos principais são a redução de custos, com a economia de insumos, já que eles só serão aplicados nas áreas onde há real necessidade, e o aumento de produtividade a longo prazo. O professor Molin deixa claro que os números de produtividade só vão começar a crescer a partir das estratégias de ação tomadas pelo produtor. Não é um resultado imediato e sim fruto de trabalho e análise do local.
Assessoria de Impensa ESALQ/USP
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