Uncategorized

UNIVERSIDADES LANÇAM VARIEDADES PRODUTIVAS E RESISTENTES DE CANA

Cultivares têm material genético testado em diferentes ambientes de produção de regiões canavieiras.
A partir deste ano, o setor sucroalcooleiro pode contar com novas variedades de cana-de-açúcar República do Brasil (RB). As cultivares, que são mais produtivas e resistentes a doenças e pragas, têm material genético testado em diferentes ambientes de produção de regiões canavieiras, explicou o reitor da Universidade Federal Rural de Pernambuco, professor Walmar Correia de Andrade. Além de Pernambuco, as pesquisas que resultaram nas novas variedades foram feitas nas universidades federais de Viçosa (MG), São Carlos (SP), Alagoas e no Paraná. Atualmente, 60% da área plantada com cana no Brasil é cultivada com variedades RB.
Das 13 espécies que foram liberadas hoje, cinco são de propriedade da Universidade Federal de Alagoas – RB931003, RB931011, RB951541, RB98710 e RB99395. As duas primeiras, mais rústicas, são tolerantes a estresses hídricos, e as três últimas são precoces, ricas em açúcar e de elevada produtividade. Além dessas, uma é de propriedade da Universidade Federal de Viçosa, duas da Federal Rural de Pernambuco, duas da Federal de São Carlos, e três da Federal do Paraná.
Para o professor, a expectativa é que o leque de variedades de cana aumente nos próximos anos, na esteira do crescimento do setor sucroalcooleiro. Correia de Andrade explicou que produtores interessados nas variedades liberadas hoje deverão procurar as universidades. “Técnicos visitarão as propriedades para avaliar as condições e indicar as variedades mais indicadas”, explicou.
O agrônomo e professor de Fitopatologia do Centro de Ciências Agrárias (Ceca), Marcelo Cruz, lembrou que as variedades desenvolvidas pela Universidade Federal de Alagoas estão sendo testadas na Costa Rica para comprovar ou não a resistência à chamada “ferrugem alaranjada”. Ele explicou que a doença foi detectada pela primeira vez no Brasil em dezembro de 2009. O método mais eficaz para controlar a doença é o uso de variedades resistentes, ressaltou o agrônomo. “As cinco variedades estão em teste na Costa Rica e não apresentaram, até o momento, sintomas da doença”, disse (O Estado de S.Paulo, 26/3/10)