Produção agroecológica de hortaliças

 

A agricultura como um todo é muito dinâmica, independente da escala em que se apresenta. É comum o aparecimento de problemas como pragas, ervas daninhas ou doenças, ocorrendo separadamente ou ao mesmo tempo, tanto para uma simples horta de fundo de quintal, onde plantamos um pouco de alface ou rúcula ou tomate para consumo próprio, por exemplo, como para uma grande lavoura de soja ou milho, que ocupam extensas áreas no mundo.
 
 
 
A produção agroecológica respeita o fato de que, em certos limites, será aceitável o uso de produtos químicos, como o caso dos herbicidas, por exemplo.
Ao começar a empregar as técnicas agroecológicas aprende-se que estes limites serão ditados caso a caso, onde o bom senso fala primeiro.
Similarmente à medicina popular onde o conhecimento sobre o uso de ervas em forma de chás, por exemplo, vem sendo passado de geração em geração para a cura de algumas enfermidades em humanos, a agricultura agroecológica busca também nas gerações passadas algumas ‘receitas’ que são sucesso.
Alguns insetos são facilmente afugentados para fora das áreas de cultivo com o emprego de soluções caseiras de alho e alguns extratos de ervas, como o neem indiano.
Pragas e doenças já podem ser controladas por fungos antagonistas, que
estão presentes nos solos de todo o mundo. O que o homem tem feito é o emprego de técnicas eficientes de multiplicação destes fungos antagonistas, aperfeiçoando formulações e veículos para possibilitar o uso em larga escala.
É comum, em conversas com produtores tradicionais de tomate e batata, por exemplo, ouvir que o uso de defensivos agrícolas é essencial a produção destes cultivos.
Porém, com o emprego de técnicas e produtos de controle agroecológico, já podemos afirmar que existem realmente, na natureza, produtos que podem servir para controlar pragas e doenças, basta que se faça o uso adequado dos mesmos.
Os fatores climáticos, como a chuva, a insolação, o vento, a umidade do ar, a temperatura do ar e o próprio tempo, interferem na atividade das plantas que estão sendo cultivadas e também nos organismos do solo que convivem com as raízes e restos vegetais em decomposição.

A natureza é soberana ao tentar buscar o equilíbrio. Sempre. Mas o homem é implacável. A grande necessidade de alimentos que o mundo demanda pressiona a produção em massa e isso intensifica o aparecimento dos problemas que citamos acima.
Acreditamos que a contribuição que cada um pode dar está essencialmente ligada ao uso dos recursos naturais, como a água, o solo e seus micro-organismos, dos produtos químicos em geral e de produtos de controle natural de pragas e doenças, de maneira a buscar a sustentabilidade e a própria permanência da atividade agrícola.
Tradicionalmente, entendia-se como ‘controle’ a eliminação de todo organismo causador de danos, usando uma medida o mais rápida e eficaz possível, lançando mão de produtos químicos de alto poder, sem uma preocupação com os possíveis impactos que poderiam causar ao cultivo tratado, aos seres humanos que fariam uso do mesmo e, muito menos, ao meio ambiente.

A definição de ‘produção agroecológica’, ‘controle agroecológico’, ‘agricultura agroecológica’, ‘agricultura natural’ representa simplesmente o uso de todo tipo de meio de controle que afeta a ação de um organismo causador de danos e que seja de origem o mais natural possível, seja empregando um produto industrializado ou não.
A produção de hortaliças em geral é um alvo de trabalho para a agricultura agroecológica e o USO RACIONAL e ADEQUADO de produtos químicos e produtos de controle natural permite a produção de alimentos saudáveis e em escala comercial.
Para saber mais, procure em www.bioagentis.com.br informações sobre o uso de métodos de controle agroecológico.
Fonte: Agromundo
Eng. Agrônomo Luis Otmar Belló
e-mail: bello@bioagentis.com.br
Consultor Agromundo – Agronomia