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Hu Jintao vem ao Brasil para acordos agrícolas e de energia

 
w0200601012099076675071O presidente chinês, Hu Jintao, fará uma visita de Estado ao Brasil na próxima semana, quando participará da segunda reunião de cúpula dos grandes países emergentes (Brasil, Rússia, Índia e China -Bric). Hu, que deve chegar ao País no próximo dia 14 de abril, terá a missão de ampliar a cooperação bilateral em várias áreas, além de fechar negócios no setor agroindustrial.
Durante a passagem do líder chinês no Brasil, ele deve conhecer um trecho do Porto do Açu, junto com o empresário brasileiro Eike Batista. “O presidente Hu vai conhecer este gigantesco portal de exportação que estamos construindo para ligar o Brasil à China. Trata-se de um projeto que faz parte de um novo Brasil, que vai mudar o País radicalmente”, disse Eike. O Porto do Açu poderá se tornar o maior terminal exportador de minério de ferro brasileiro à China.
Hu prosseguirá a viagem com uma visita oficial à Venezuela nos dias 17 e 18 e uma visita de trabalho ao Chile – país que se recupera de um devastador terremoto.
“A visita do presidente Hu Jintao a Brasil, Venezuela e Chile tem como objetivo aprofundar a amizade, aumentar a confiança mútua, ampliar a cooperação e buscar o desenvolvimento comum”, disse Qin Gang, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Pequim.
Desde a primeira visita do presidente chinês ao continente, em 2004, quando também passou pelo Brasil, a China aumentou presença na região, onde tem projetos importantes, sobretudo nas áreas de petróleo, gás e derivados.
“Esta visita é de grande importância na promoção da amizade entre a China e os três países. Acreditamos que será um grande êxito”, destacou Qin.
Antes de passar pela América do Sul, Hu deve comparecer ao Encontro de Segurança Nuclear, que ocorre nos dias 12 e 13 deste mês em Washington, nos EUA. “A China atribui importância à segurança nuclear, se opõe à proliferação de armas nucleares e do terrorismo nuclear e apoia a cooperação internacional”, comentou o porta-voz em conversa com a imprensa em Pequim.
Relatório adiado
O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, disse no sábado (3) que está adiando o relatório previsto para 15 de abril que avalia a manipulação intencionada ou não da moeda chinesa, mas pediu pressão para uma política monetária mais flexível na China.
A administração Obama procura apoio global para medidas que visam cercear as ambições nucleares iranianas, o que criaria um ambiente inconveniente para arriscar um disputa sobre a política monetária chinesa.
Analistas disseram que rotular a China como uma manipuladora monetária dias depois da visita de Hu seria como Washington dar um tapa na cara de Pequim.
Geithner disse que usará os próximos encontros do G20 e da China com os Estados Unidos em Pequim em maio para tentar mudar a posição da China.
“Acredito que esses encontros são a menor forma de avançar nos interesses dos Estados Unidos neste momento”, disse Geithner em comunicado divulgado em meio ao feriado de Páscoa.
Na semana passada, diplomatas de Reino Unido, EUA, França, Alemanha, Rússia e China – os seis países que negociam o programa nuclear iraniano – concordaram em pressionar pela adoção de uma nova rodada de sanções ao Irã. Os EUA esperam que uma nova resolução da ONU sobre o Irã possa ser aprovada até o fim deste mês.
Os norte-americanos chegaram até a anunciar, após encontro na semana passada, que convencer chineses e russos a aplicar sanções mais severas aos iranianos. Na quinta-feira, os líderes do Reino Unido e da Alemanha concordaram em apoiar os planos para intensificar as sanções impostas ao Irã. Os Estados Unidos esperam que a nova punição possa ser definida até o fim do mês.
O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, e a chanceler alemã, Angela Merkel, reuniram-se em Chequers, a residência de campo do primeiro-ministro, para conversações a respeito do programa nuclear iraniano, além da crise econômica global e da mudança climática.
As discussões seguiram-se a conversas mantidas no início da semana entre o presidente dos EUA, Barack Obama, e da França, Nicolas Sarkozy, na qual eles se comprometeram a agir contra Teerã, por conta da recusa do regime iraniano em interromper seu programa de enriquecimento de urânio.
Os EUA e seus aliados acusam o Irã de buscar desenvolver armas nucleares, enquanto que Teerã insiste que deseja apenas gerar energia nuclear para fins civis.
 

 

05/04/2010

Fonte:DCI