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PROBLEMA DA OFERTA DE ÁLCOOL ESTARÁ RESOLVIDO ATÉ O FIM DO ANO

Representantes da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica) se reuniram nesta quinta-feira (4/3) com o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, e discutiram as condições do financiamento, de aproximadamente R$ 2,5 bilhões, que será oferecido no segundo semestre para a estocagem de etanol. Segundo o presidente da Unica, Marcos Jank, até o final do ano, não haverá problema de oferta do produto, como aconteceu do final de 2009 para cá.
Jank disse que o ano passado foi atípico porque, no primeiro semestre, as usinas estavam descapitalizadas, em consequência da crise mundial, e tiveram que vender etanol a qualquer preço e, no segundo, não conseguiram colher a quantidade esperada de cana por causa do excesso de chuvas. Segundo ele, isso impediu a produção de 4 bilhões de litros de etanol e de 5 milhões de toneladas de açúcar.
A falta de etanol no mercado fez com os preços subirem e, atualmente, apenas em dois estados – Goiás e Mato Grosso – vale a pena abastecer o carro flex com esse combustível. Entretanto, o presidente da Unica ressaltou que os preços nas usinas já caíram 16,7% nas últimas cinco semanas, enquanto nos postos a queda foi de apenas 1%. “Mais uma vez, o preço na bomba sobe de elevador e desce de escada”.
Para resolver os problemas de sazonalidade, em que os preços disparam na entressafra, a estocagem parece ser a solução mais eficaz, segundo usinas e governo. No entanto, para Antônio de Pádua Ribeiro, diretor técnico da Unica, o empréstimo para a estocagem, que já foi oferecido em 2009 com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), mas não chegou a ser acessado pelas usinas, precisa ter juros baixos e aceitar o etanol como garantia real do financiamento.
Além do Ministério da Agricultura, os representantes da Unica visitaram outros ministérios para tratar de temas relacionados ao setor. Um dos assuntos em pauta dentro do governo é a isenção da alíquota de 20% para a importação de etanol, que está sendo discutida pela Câmara de Comércio Exterior (Camex). “Queremos que a tarifa seja zerada. Não tem a ver com abastecimento, mas sim com mercado mundial, pois achamos que o Brasil tem que dar exemplo”, afirmou Jank (Agência Brasil, 4/3/10)