Aprosoja mostra benefícios da ferrovia para o MT
A importância da ferrovia Centro-Oeste para Mato Grosso’ foi tema da palestra do presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Glauber Silveira da Silva, durante evento realizado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, ontem, em Lucas do Rio Verde (360 quilômetros ao norte de Cuiabá). O modal de transporte tem previsão de ter o projeto básico iniciado em dezembro deste ano.
“Com a ferrovia, o Estado deixará de perder cerca de R$ 1 bilhão por ano que é gasto para escoar a produção de soja e que poderá ficar em Mato Grosso para gerar divisas”, afirma o presidente da Aprosoja/MT. Glauber lembra que a falta de logística adequada exige que para cada 50 sacas colhidas por hectare, cerca de 25 sacas de soja sejam direcionadas ao pagamento de frete para escoar uma tonelada.
O governador do Estado, Blairo Maggi, anunciou que a ferrovia Centro-Oeste contará com 100% de recursos do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC 2). “A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, me telefonou quando eu estava vindo para o evento e garantiu o aporte para essa obra”.
A logística tem sido um grande percalço para a produção de Mato Grosso e para tirar o Estado de falta de infraestrutura de transporte e armazenagem, entidades dos setores econômicos do Estado, da sociedade civil e dos legislativos federal e estadual criaram o Movimento Pró-Logística. “Essa união das entidades e o entendimento do governo federal sobre a necessidade de mudar este cenário está fazendo a diferença”, pontua Glauber, que também preside o Movimento.
PROJETO – A ferrovia Centro-Oeste cortará 15 municípios do Estado e tem o projeto previsto para ligar Uruaçu (GO) a Vilhena (TO). Segundo o diretor-geral do Dnit, Luiz Antônio Pagot, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) será encarregado de fazer o plano diretor da ferrovia.
Paulo Sérgio Passos, que assumirá interinamente o Ministério dos Transportes no final de março, afirmou também que o asfaltamento da BR-158 teve resolvido o problema de traçado, que passaria próximo a uma aldeia indígena.
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