MT: técnicos fazem avaliação positiva da União Européia

Cuiabá/MT

A visita técnica dos representantes da União Européia ao frigorífico Marfrig, em Tangará da Serra (242 quilômetros ao norte de Cuiabá) e às fazendas Matovi (localizada também em Tangará) e Roncador, em Querência (945 Km ao Noroeste de Cuiabá), teve avaliação positiva do FVO (Food and Veterinary Office), órgão da Comunidade Européia responsável por fiscalizar o cumprimento da legislação sobre segurança alimentar, saúde animal, sanidade vegetal e bem-estar animal.
A visita foi realizada na semana passada para verificar se as regras do Sistema de Rastreabilidade Bovina (Sisbov) estavam sendo integralmente cumpridas pelas indústrias e propriedades credenciadas à exportar carne in natura àquele bloco consumidor. Com a aprovação da FVO, fica mantida a habilitação das propriedades e do frigorífico para continuarem abastecendo o exigente mercado europeu.
“Os técnicos gostaram do que viram em Mato Grosso, por isso avaliaram as fazendas e o frigorífico como aptos a permanecerem na lista da UE”, conta Patrícia Cristina Borges Dias, da área do Sisbov (Sistema de Rastreabilidade Bovina) da Superintendência do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que acompanhou a missão no Estado.
Segundo ela, os representantes europeus retornaram para Bruxelas para fechar o relatório, que deverá ser publicado no site do FVO dentro de dois meses.
Além de Mato Grosso, outros cinco estados – Mato Grosso do Sul, Goiás, São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais – também receberam a visita da missão européia.
Patrícia Cristina informou que além das 320 propriedades mato-grossenses credenciadas a exportar carne para a UE dentro das normas da rastreabilidade, mais 99 fazendas com certificação válida aguardam auditagem dos técnicos do Mapa para serem incluídas na lista européia. Em Mato Grosso, 11 frigoríficos estão credenciados a exportar carne in natura à União Européia. Mato Grosso possui cerca de 100 mil propriedades rurais voltadas para a criação de gado.
A auditagem passa pela avaliação de uma comissão estadual do Sisbov e, em seguida, é encaminhada ao Mapa, em Brasília. Lá é feita uma nova avaliação para posterior envio da documentação à FVO, em Bruxelas, para o parecer final sobre a liberação. A avaliação dos técnicos leva em conta o controle de rastreabilidade das fazendas, levantamento do número de animais e de brincos e identificação dos animais, confrontando as informações com o banco de dados do Sisbov, bem como a entrada e saída, nascimentos e mortes de animais.
AGILIDADE
Este ano, o Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea) deverá participar da auditagem em parceria com o Mapa, que executa o trabalho com uma equipe de 29 técnicos. Para tanto, uma equipe do Indea está recebendo treinamento do Mapa. “São 42 técnicos que serão agregados à equipe de auditores do Sisbov, reforçando o trabalho e ampliando a lista de propriedade”, afirma Patrícia Cristina, que está ministrando o treinamento.
CANADÁ
Patrícia Cristina viaja neste sábado para Canadá, onde participa de encontros com técnicos do ministério da Agricultura canadense. Participam também do encontro, representantes de Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul.
“Vamos conhecer como funciona a rastreabilidade no Canadá e, ao mesmo tempo, mostrar a nossa experiência nesta área aos técnicos canadenses. Com este intercâmbio esperamos aprimorar e melhorar ainda mais o sistema em nosso país”, explica. Os encontros serão realizados nos estados de Toronto, Quebec e Calgary e devem durar uma semana. (MM)
Marcondes Maciel
Fonte: Diário de Cuiabá