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BIODIESEL: MAPA APOIA CADEIA PRODUTIVA PARA ATENDER DEMANDA CRESCENTE

O zoneamento de risco climático para as principais oleaginosas e o desenvolvimento de tecnologias para o cultivo dessas plantas são algumas das ações do Ministério da Agricultura para atender ao crescimento da demanda por biodiesel. A produção nacional do biocombustível quadriplicou nos últimos três anos, passando de 400 milhões de litros em 2007 para 1,6 bilhão em 2009, conforme a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Para 2010, estão previstos 2,4 bilhões de litros.
“O mercado de biodiesel no Brasil está consolidado e isso resulta de uma política pública do governo federal. Ela está centrada na sustentabilidade da produção, promoção da inclusão social, garantia de preço, qualidade e suprimento e diversificação de matérias-primas”, explica o coordenador de Agroenergia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Denilson Ferreira.
ZONEAMENTO
De acordo com Ferreira, já estão concluídos zoneamentos de risco climático para sete oleaginosas: algodão, amendoim, canola, dendê, girassol, mamona e soja. Está programada, ainda, a divulgação do estudo sobre o gergelim. O zoneamento indica os melhores períodos e as regiões mais aptas para o plantio, prevenindo perdas por eventos climáticos. As instituições financeiras e o programa de subvenção ao seguro rural usam o estudo como base para concessão de crédito.
Outra importante ação do Ministério da Agricultura é o investimento em pesquisas de desenvolvimento de oleaginosas que permitirão o maior acúmulo de energia, resultando em maior eficiência, por área plantada. Nessa linha, já estão em andamento na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), unidade Agroenergia, estudos com pinhão manso e outros tipos de palmáceas.
HISTÓRICO
Em 2008, a mistura de biodiesel puro (B100) ao óleo diesel passou a ser obrigatória, conforme estabelecido pelo Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB), lançado em 2004. Entre janeiro e junho de 2008, a mistura de biodiesel puro ao óleo diesel foi de 2% (B2) e entre julho de 2008 e junho de 2009 chegou a 3% (B3). A partir de julho de 2009, o biodiesel passou a ser adicionado ao óleo diesel na proporção de 4% (B4) em volume.
B5
Desde o começo deste ano, vigora a mistura de 5% (B5), que antecipou a meta do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel em três anos. “A decisão consolida o Brasil como um dos maiores do mundo no setor”, pontua o coordenador Denilson Ferreira. Além disso, o aumento na mistura representa impacto significativo no consumo de óleo de soja no País. “A ampliação do percentual demanda o equivalente a dois milhões de litros de óleo de soja”, informa Ferreira. Ele acrescenta que, no último levantamento de safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a estimativa de produção de soja no ciclo 2009/2010 aponta para o recorde de 67,57 milhões de toneladas, o que garante o abastecimento.
Segundo o coordenador do Mapa, os agricultores são os grandes beneficiados com a medida, porque vão produzir mais, o que vai gerar demanda para volume significativo de óleo. “Considerando que o farelo e sua proteína são bastante utilizados na produção de rações, a quantidade de óleo necessária para o biocombustível fortalece a cadeia produtiva do grão, equilibrando a produção de biocombustível e a de alimentos”, informa (MAPA, 17/3/10)