Livro aborda avanços em pesquisas sobre parasitoses de caprinos e ovinos

Traçar um panorama amplo sobre avanços nas pesquisas relacionadas ao controle e prevenção de doenças parasitárias em caprinos e ovinos, com informações úteis a produtores rurais, técnicos e acadêmicos. Este é o objetivo do livro “Doenças parasitárias de caprinos e ovinos: epidemiologia e controle”, que a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, lançará no evento Ciência para a Vida, que acontece entre os dias 23 de abril e 2 de maio, na sede da Embrapa, em Brasília (DF).
A obra traz a contribuição de 34 autores, entre pesquisadores brasileiros e também da Universidad de Tandil (Argentina), e foi editada pelos pesquisadores Antônio Cézar Cavalcante e Luiz da Silva Vieira, ambos da Embrapa Caprinos e Ovinos (Sobral-CE); Ana Carolina Chagas, da Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos-SP); e Marcelo Beltrão Molento, da Universidade Federal do Paraná. Nela, estão presentes informações de pesquisas sobre temas como a resistência de animais a verminoses, o uso de marcadores moleculares para resistência a parasitas e métodos alternativos no controle de doenças, como o uso de fitoterápicos.
“A ideia foi de construir uma obra com o enfoque mais amplo possível e com uma linguagem que pudesse ser acessível a qualquer público”, enfatiza o pesquisador Cézar Cavalcante. Segundo ele, o livro traz importante contribuição para a pesquisa sobre caprinos e ovinos no Brasil, ao reunir, de forma pioneira, uma quantidade tão abrangente de informações em uma única obra. “Creio que seja a primeira publicação nacional com esta perspectiva. E ela traz também uma visão sobre experiências práticas de controle, sobre o que está sendo feito com bons resultados no campo”, acrescenta ele.
O livro, editado pela Embrapa Informação Tecnológica, pode ser adquirido ao preço de R$ 50,00 pela Livraria Embrapa na Internet.
Doenças parasitárias
No Brasil, as parasitoses são causadoras de prejuízos aos setores de caprinocultura e ovinocultura, forçando produtores a empregar despesas extraordinárias com mão de obra e medicamentos. As enfermidades provocadas também provocam redução na produtividade de leite e carne, além do aumento na mortalidade dos animais, causando entraves para o desenvolvimento das cadeias produtivas dos dois setores.
A Embrapa tem investido em estudos sobre imunologia e medidas de controle desde a década de 80, em trabalhos desenvolvidos pela Embrapa Caprinos e Ovinos e que culminaram com o esquema de vermifugação estratégica para regiões semiáridas, até hoje utilizado por produtores de todos os níveis tecnológicos.
Na década de 90, em razão do estímulo ao consumo de carne, leite e derivados de caprinos e ovinos e os possíveis riscos à saúde humana decorrentes do emprego de medicamentos veterinários em animais, a Embrapa deu ênfase a estudos que contribuíssem para o uso reduzido de quimioterápicos. Em função disso, passou a gerar informações capazes de promover a descontaminação de pastagens, mediante alternativas não químicas de controle.
Estas alternativas têm sido o atual destaque na programação de pesquisas da empresa, pela preocupação com a sustentabilidade na exploração racional de caprinos e ovinos e a contribuição destas atividades para o desenvolvimento da pecuária brasileira.
Adilson Nóbrega MTb/CE 01269JP
Embrapa Caprinos e Ovinos
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