Sorgo sacarino: alto potencial produtivo de etanol

sorgo1Com a retomada da demanda pelo álcool combustível, as linhas de pesquisa em sorgo do Instituto de Agronomia de Pernambuco (IPA) têm abordado a vocação natural da cultura para a produção do etanol. Ao explorar novas potencialidades da cultura, que transcendem a aplicabilidade animal, os pesquisadores se debruçam sobre experimentos com variedades de sorgo que demonstram um desempenho bastante positivo frente à cana-de-açúcar.

O IPA 2502 exibe ciclo curto, porte alto e colmos muito doces. O coordenador da pesquisa, Nildo Tabosa, ressalta que a espécie, resistente ao estresse hídrico, adapta-se bem à escassez de chuvas da região semiárida. Com valor de brix de 14 a 18 e apto para uso num prazo de 120 dias, o material é próprio para cultivo de entressafra, período de renovação dos canaviais.

É importante lembrar que o sorgo entra nesse contexto não para substituir a cana de açúcar, que é muito importante, mas apenas para somar. Considerando os atributos, o plantio pode ser feito em uma grande extensão territorial, abrangendo o Nordeste e a faixa do Semiárido até o Norte de Minas Gerais — explica.

Outro fator importante é que a cana consome quase nove vezes mais água do que o sorgo sacarino, que necessita apenas de 300 mililitros bem distribuídos para crescer. De acordo com o pesquisador, o projeto de transposição do Rio São Francisco disponibilizará mais de um milhão de hectares para irrigação e implantação de algumas usinas.

 

Assessoria de Imprensa IPA