Paraná quer abrir 40% do mercado de carne
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O status sanitário em si não garante as vendas, mas abre portas, disse Elias Zydec, diretor-executivo da Frimesa. Ele afirmou que as novas perspectivas são favoráveis não só para a bovinocultura. Apesar de os suínos não pegarem aftosa, as barrerias que mais de 50 países impuseram ao Brasil a partir da ocorrência da doença em Mato Grosso do Sul e supostamente no Paraná, em 2005, afetaram mais este setor que o da carne bovina, relatou.
O índice de abertura, calculado em 60% para a carne de boi, é de 32% para a de suíno. E o Paraná produz 15% da carne suína do Brasil, mas detém apenas 9% das exportações , citou. Com o status de área livre sem vacinação, a suinocultura poderá disputar mercado dez vezes maior , estimou. Entre os países que podem ser atendidos está o Japão, mercado de US$ 4 bilhões anuais.
Tanto na bovino quanto na suinocultura, a participação do Paraná nas exportações se mantém baixa. No ano passado, o país embarcou 1,24 milhão de toneladas (10% menos que em 2008) e o estado só 18 mil toneladas (-31%) de carne de boi, conforme o Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados (Sindicarne) do Paraná. As exportações de carne suína nacionais foram de 610 mil toneladas (com crescimento de 15% sobre 2008) e as estaduais, de 55 mil toneladas (+76%).
O governo estadual pediu no início deste mês ao Ministério da Agricultura (Mapa) que reconheça, tecnicamente, sua condição de área livre da aftosa sem vacinação. O Mapa prepara auditoria e deve exigir uma série de medidas, que vão do reforço na vigilância interna à implantação de mais quatro postos de fiscalização na divisa com São Paulo.O Paraná poderá disputar os 40% mais exigentes do mercado internacional da carne bovina a partir do momento em que alcançar status de área livre da aftosa sem vacinação
19/03/2010
Fonte:Gazeta do Povo/Editado por Agromundo
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