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GOIÁS É DESTAQUE NA PRODUÇÃO DE CANA-DE-AÇÚCAR

O setor sucroenergético em Goiás avança e conquista novos territórios. Ânimo não falta aos produtores, que já contam com 34 unidades produtoras de açúcar e etanol.
A sinergia de fatores favoráveis é incrementada pelo processamento de 30 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, colocando a região entre os maiores produtores. A expectativa alentada é de que, superadas as atuais 36 plantas de etanol em funcionamento, com a implantação de mais cem usinas, Goiás alcance São Paulo, que tem 160 unidades.
A produção aumentou em mais de 20% em relação à safra anterior (2008/09) e a estimativa é que, até 2011, Goiás receba algo em torno de R$ 5 bilhões em investimentos neste setor. Razão para tanto otimismo deve-se ao fato de que, em pouco mais de dez anos, foi triplicado o número de usinas no Estado, resultando em mais de 60 mil pessoas diretamente empregadas. Com isso, é possível afirmar que o setor está consolidado em Goiás e prepara novos saltos.
E a contribuição é dada pela facilidade de acesso ao crédito e a recuperação dos preços do etanol. Novas possibilidades de investimentos e de aumento da produção, resultado do modelo de zoneamento da cana-de-açúcar proposto pelo governo federal, também incrementam a atividade em solo goiano.
Com o zoneamento, a esperança dos produotores e empresários é que seja reduzida a resistência à entrada do etanol brasileiro no mercado externo. Paralelamente, a adoção da medida deve contribuir para assegurar maior produtividade, já que disciplina a produção. Tema em debate por setores da sociedade civil organizada.
Garantir a sustentabilidade e preservação do bioma Cerrado também entre as preocupações de quem se debruça sobre o tema. Hoje, Goiás possui condições favoráveis para atrair investidores. Além da topografia, solo plano e clima favorável, destaca-se o fato de a cana ocupar apenas 1,15% da área plantada do Estado, que se dedica também à produção de soja. “Em resumo, o potencial de crescimento da atividade é uma perspectiva altamente lucrativa”, salienta o secretário Leonardo Veloso, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Estado de Goiás (Seagro).
Ele argumenta amparado nos números recentes da atividade em Goiás, já que foi registrada a maior variaçao do Brasil na área cultivada de cana-de-açúcar. Com base em números da safra 2009/10, o percentual foi de 29,5%. Hoje, o Estado ocupa a quarta posição no ranking nacional da produção sucroalcooleira, a área colhida e destinada à produção corresponde a 520,3 mil hectares.
Em todo o País, a área é de 7,5 milhões de hectares (estimativa). Os dados integram o terceiro levantamento da safra, sob responsabilidade da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), entre os dias 27 de novembro e 5 de dezembro. Ainda de acordo com o estudo, a produtividade na safra atual deve ser de 85,5 mil quilos por hectare, o que representa aumento de quase 16%.
Estimativa não confirmada dá conta de produção aproximada de 44 mil toneladas (na safra anterior, a produção não ultrapassou 30 mil toneladas). Em todo o País, a perspectiva de produção destinada exclusivamente à indústria sucroalcooleira é de 612,2 milhões de toneladas, número 7% superior à safra do ano passado.
Em relação ao processo de expansão da cana em Goiás, Veloso disse que o Estado está em vantagem devido à forma de implantação da cultura. “Na maioria dos Estados, incentivamos as usinas a comprar a cana do produtor, que gasta dinheiro no comércio local, movimentando a economia da região”, diz. Em Goiás, o levantamento da Conab aponta aumento de 54,8% na produção de cana-de-açúcar, para a safra atual.
O secretário destacou, ainda, que o Fundo Constitucional de Desenvolvimento do Centro-Oeste (FCO) financia parte da produção aos produtores rurais integrados às usinas. Com isso, a União deve investir em instalação de usinas por meio da recém-criada Petrobras Biocombustíveis, com a projeção de pelo menos cinco novas usinas no curto prazo. A iniciativa visa a produção de 200 milhõese de litros de etanol. “Com isso, Goiás fica fortalecido no cenário produtivo da cana-de-açúcar”, destaca (Assessoria de Comunicação, 19/3/10)