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Fesa impõe mudanças na gestão do fundo estadual

 
O Fesa é fruto da mobilização iniciada pelos pecuaristas associados à Acrimat que não concordavam com o formato e com a gestão do Fefa. No ano passado, a Acrimat conseguiu, por meio da Justiça, suspender a cobrança do Fefa. “Participamos ativamente desta construção para garantir que o Estado com o maior rebanho bovino do Brasil, tenha um fundo de reserva caso haja alguma contaminação, que leve ao abate sanitário dos animais”, comemora o vice-presidente da Acrimat, José João Bernardes.
O estatuto do Fesa, como explica, prevê um mandato de dois anos ao presidente, sem reeleição e trabalho sem qualquer remuneração. “Esse foi um dos grandes paradigmas rompidos”. A primeira gestão será feita pelo presidente da Famato, que tem como vice, o presidente da Acrimat, Mario Candia. No próximo mandato o comando será da Acrimat. “Além disso, firmamos também que quando uma entidade estiver à frente do Fesa, o financeiro pertencerá a outra, como forma de manter a transparência na gestão dos recursos. Por meio do Fesa garantimos a constituição real de um fundo, a aplicação integral dos recursos na sanidade, já que nenhum dirigente será remunerado, a rotatividade no comando e a transparência na gestão”, completa.
Ele lembra que essa ‘poupança’, que garantirá ressarcimento de animais abatidos ao pecuarista, é uma forma de mostrar à comunidade internacional a severidade com que o segmento trata a atividade.
Questionado sobre o caráter compulsório da cobrança, Bernardes é enfático: “Se estivéssemos em outro nível de organização em relação à consciência, a cobrança nem existiria porque cada um estaria fazendo a sua parte. Como uma cabeça contaminada por febre aftosa, por exemplo, compromete um rebanho de mais de 27 milhões de animais, temos de cobrar para ter atestada uma atividade responsável”. (MP)
 

29/03/2010

Fonte:Diário de Cuiabá