UNICA DESTACA ATUAÇÃO DE REINHOLD STEPHANES

Marcos Jank, da UNICA, diz que ministro é um exemplo de objetividade.
A atuação de Reinhold Stephanes à frente do Ministério da Agricultura, sustentada na vivência e intimidade do ministro com os temas que enfrentou ao longo de 40 anos, é um exemplo de objetividade que precisa ser lembrado em futuras indicações para a pasta. A opinião foi emitida pelo presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar, Marcos Jank, durante evento realizado nesta segunda-feira (29/03) na Usina São Francisco, em Quirinópolis, marcando o início da safra 2010/2011 de cana-de-açúcar.
A ocasião foi utilizada pelo setor sucroenergético brasileiro para homenagear o ministro, às vésperas de sua desincompatibilização e saída do ministério para concorrer às eleições deste ano. “Trata-se de uma homenagem justa, considerando-se a postura que o ministro teve, principalmente em momentos cruciais que exigiram dele um esforço a mais para garantir racionalidade e impedir consequências danosas, não apenas para o nosso setor mas para todo o agronegócio brasileiro,” afirmou Jank.
Entre os exemplos mais marcantes citados durante o evento, emblemáticas da atuação de Stephanes, estão a postura extremamente pró-ativa do ministro em questões regulatórias, interagindo e influenciando em discussões interministeriais e com agências reguladoras. “As últimas normas referentes a regras de comercialização do etanol, publicadas pelo Ministério da Agricultura e pela Agência Nacional de Petróleo, trouxeram aprimoramentos evidentes, notadamente a previsão de empresas comercializadoras e do agente operador nos mercados futuros,” destacou o presidente da UNICA.
Merece destaque também a atuação do ministro quando surgiram propostas de alteração dos atuais índices de produtividade, que adotavam critérios sem fundamento técnico e claramente visando facilitar desapropriações com base em argumentos simplistas. “O que estava sendo proposto definia terras como improdutivas por motivos totalmente fora do controle do produtor, como a ausência da condição de realizar a colheita, como ocorreu frequentemente em 2009 com a cana-de-açúcar. Mais de 10% da área plantada não gerou renda devido à impossibilidade de se realizar a colheita, devido ao excesso de chuvas,” explicou Jank.
A reação rápida e impactante de Stephanes para amenizar os efeitos da crise internacional que afetou o setor sucroenergético, particularmente na primeira metade de 2009, também deve ser lembrada. Marcos Jank lembrou que o ministro “participou diretamente do desenvolvimento de importantes mecanismos, como a disponibilização de linhas de crédito para armazenagem de etanol e de linhas de capital de giro, evitando danos ainda maiores às empresas do setor.”
Também foram citados com destaque o papel preponderante de Stephanes em discussões de temas ambientas, principalmente na definição do Código Florestal, mantendo a racionalidade nos debates com outros ministérios e representantes de grupos de interesses, assim como sua coordenação durante a concepção do Zoneamento Agroecológico da Cana-de-Açúcar, garantindo um resultado viável e que mereceu apoio da indústria da cana-de-açúcar. Stephanes teve ainda contribuição marcante na reestruturação da Câmara Setorial do Setor Sucroenergético, trazendo maior dinâmica, objetividade e foco às discussões sobre temas relevantes do setor.
Na opinião de Marcos Jank, vários anos de exposição à agricultura brasileira em suas diversas vertentes fizeram toda a diferença e garantiram a atuação positiva de Stephanes. Na década de 70, ele já atuava pelo Ministério da Agricultura, participando como Secretário de Planejamento, Conselheiro do Fundo Nacional Agropecuário, Diretor do INCRA, chegando a coordenador da comissão que criou a EMBRAPA e Secretário da Agricultura do Paraná. “Stephanes também presidiu a Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural, que promove o intercâmbio entre estudiosos de temas centrais para o desenvolvimento da agricultura brasileira. Tudo isso ajuda a explicar o desempenho exemplar com que o ministro nos brindou,” concluiu Jank.
Durante o evento, Stephanes foi presenteado pelo Fórum Nacional Sucroenergético com uma placa alusiva a seu trabalho em favor do agronegócio brasileiro, como Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
SOBRE A UNICA
A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) é a entidade representativa das principais unidades produtoras de açúcar, etanol (álcool combustível) e bioeletricidade da região Centro-Sul do Brasil, principalmente do Estado de São Paulo. As usinas associadas à UNICA são responsáveis por mais de 50% da produção nacional de cana e 60% da produção de etanol. Na safra 2008/09, o Brasil produziu 565 milhões de toneladas de cana, matéria-prima utilizada para a produção de 31,3 milhões de toneladas de açúcar e 25,7 bilhões de litros de etanol (Unica, 29/3/10)