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O QUE É A FEBRE AFTOSA

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FEBRE AFTOSA

A febre aftosa é uma doença aguda, altamente contagiosa que afeta os animais de cascos fendidos. Ela não ataca somente o gado. Porcos, carneiros, cabras, búfalos e até alguns bichos do mato como o veado e a capivara sofrem com esse mal. raramente afeta pessoas, apenas as que têm contato com animais doentes ou com vírus, em laboratório de pesquisa. Se apenas um animal do seu rebanho for atacado, a febre pode passar para os outros rapidinho. A aftosa maltrata muito o animal. Forma feridas na boca, nos pés e nas mamas. 

 

 

Pode fazer com que as fêmeas prenhas percam a cria e até matar bezerros com poucos meses de vida. Mas a doença maltrata também o bolso do criador. Rebanho com Aftosa é prejuízo na certa. O animal perde peso e diminui a produção de leite.
Transmissão:

O principal veículo de transmissão é o próprio ar, através de aerossóis emitidos pelos animais doentes, podendo chegar até 50 km de alcance. A maior fonte de disseminação é o contato com animais infectados ou através de roupas, veículos automotores entre outros objetos que estiveram em contato com os animais contaminados.

Evolução da Doença:

É causada por um vírus que no Brasil apresenta 3 tipos (O, A e C) e mais de 60 subtipos diferentes. Inicialmente o vírus é instalado nas células da mucosa e faringe onde se multiplica. A partir daí cai na circulação e se dissemina por todo organismo. Após 24 a 48 horas, o animal apresenta febre, vesículas na língua, na cavidade bucal, nos espaços interdigitais e às vezes nas tetas e úberes. Após 48 horas do surgimento destes sintomas, estas vesículas se rompem facilitando a instalação de bactérias, dificultando assim a cicatrização.

Sintomas:

O animal baba excessivamente devido as vesículas na cavidade bucal, língua e faringe. Apresenta febre alta, falta de apetite e pêlos arrepiados. O animal emagrece severamente e não consegue se locomover. As fêmeas em gestação podem abortar o feto, os animais jovens podem morrer e as vacas em lactação tem sua produção leiteira bastante diminuída.

Conseqüências:

Os animais que sofreram de febre aftosa podem desenvolver lesões secundárias crônicas oral, nasal e podal (nos pés). A deformação dos cascos pode resultar num comprometimento permanente da capacidade de  locomoção do animal prejudicando seu bem estar. O envolvimento da glândula mamária pode resultar em mastite e permanentes danos na produção de leite. O ganho de peso de animais com seqüelas será abaixo quando comparados ao de animais sadios.

 

Tratamento:

Esta doença não existe cura, o que pode ser feito é tratar os efeitos causados pelo mal, como por exemplo fazer anti-sepsia das lesões e feridas tentando evitar seqüelas de maiores proporções.

Profilaxia:

A prevenção é feita através de vacinação seguindo o calendário estabelecido por órgãos oficiais. O descumprimento da lei que obriga a vacinação de todos os animais da propriedade acarreta em sanções como multas e interdição da propriedade.

Vacinar o rebanho é investir no próprio negócio. É dar uma injeção de lucro no animal. Vacinado ele vale muito mais e pode ser exportado com melhores preços.

Num programa de erradicação faz-se a vacinação de grandes proporções, tipicamente mais de 90% do rebanho. Com isso, a imunidade artificial que se instala no rebanho praticamente elimina os animais suscetíveis ao vírus, não tendo mais como se multiplicar, acaba desaparecendo.
Um bom exemplo de vigilância foi montado no estado de São Paulo. Isto está sendo feito através de 18 barreiras sanitárias fixas e volantes instaladas após o fechamento das fronteiras do Estado de São Paulo, em agosto do ano passado. Estas barreiras servem para impedir e/ou checar a entrada de animais em risco de trazerem o vírus para dentro do Estado.
O Brasil, por causa da Aftosa, não tem acesso ao mercado internacional de carnes in natura ou congeladas. Nesse mercado, a tonelada da carne de países livres da doença vale o dobro ou mais que a carne brasileira.