ÁLCOOL CAI 11% EM UM MÊS, MAS SÓ É VANTAJOSO EM 6 ESTADOS

Depois de um aumento generalizado no fim do ano passado e nos dois primeiros meses deste ano, o preço do álcool cede por todo o País, mas ainda perde em competitividade para a gasolina na grande maioria do território nacional. Segundo levantamento feito pelo Terra com base na pesquisa de preços da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a média nacional do litro do combustível renovável caiu 11,12% em um mês – de R$ 1,907 no início de março para R$ 1,695 no início de abril.
No entanto, só é vantajoso abastecer veículos flex com etanol em Goiás, São Paulo, Paraná, Mato Grosso, Tocantins e Bahia. Nos demais Estados, a diferença entre o preço da gasolina e do álcool é menor que 30% e vale mais a pena abastecer com o derivado de petróleo, já que ele tem autonomia 30% maior.
São Paulo registrou a média de álcool mais barata do País (R$ 1,422) e a diferença para a gasolina foi de 41,77%. Em Goiás, a diferença é de 40,6%, no Paraná de 39,54%, em Mato Grosso de 34,08%, no Tocantins de 33,03% e na Bahia de 31,87%. Já o Acre tem o litro mais caro (R$ 2,495) e a menor diferença (15,4%).
A pesquisa feita pela ANP leva em conta os preços médios por litro de cada combustível oferecido pelos postos ao consumidor. Com relação à última pesquisa, feita de 21 a 27 de março, o preço do álcool recuou em 24 Estados.
Como o valor do litro pode variar bastante conforme o posto, vale a pena fazer a conta antes de decidir. Por exemplo, em São Paulo, é possível encontrar álcool de R$ 1,159 até R$ 1,999 por litro.
A conta para decidir pelo combustível é simples. Multiplique o preço da gasolina por 0,7. Se o resultado for maior que o preço do álcool, compensa abastecer com o combustível renovável. Se o valor da multiplicação for menor que o do álcool, a gasolina é mais vantajosa.
REDUÇÃO DE ÁLCOOL NA GASOLINA
Em vigor a partir do dia 1º de fevereiro, a diminuição do percentual de álcool misturado na gasolina é uma medida do governo para tentar aumentar a oferta do combustível renovável e estancar a alta dos preços. A medida terá vigência de 90 dias e, segundo o Ministério de Minas e Energia, aumentará a oferta de etanol em cerca de 300 milhões de l.
Para segurar o preço da gasolina, que poderia aumentar com a redução da mistura de álcool, o governo reduziu a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), que incide sobre a gasolina, em R$ 0,08 por litro (Terra, 6/4/10)