Cuidados com clostridioses em bovinos devem ser periódicos
Além de medidas higiênicas e sanitárias, especialista alerta sobre a importância da aplicação de vacinas para prevenção do problema.
Doenças com alta incidência na bovinocultura, principalmente no período das chuvas, entre outubro e abril, as clostridioses são uma das principais causas de mortes repentinas em animais no Brasil – ocorrências que afetam a produtividade pecuária, em especial pela necessidade de reposição no plantel, além de causar surtos de mortalidade também em ovinos e caprinos.
Causadas por bactérias anaeróbias, isto é, que se multiplicam na ausência do ar, as clostridioses consistem basicamente na liberação de toxinas produzidas por estes microorganismos, os clostrídeos, responsáveis pelos sintomas e lesões observados nos animais doentes.
Segundo José Carlos Morgado, médico veterinário, o rebanho vive em contato com estas bactérias presentes normalmente no solo e no tubo digestivo dos animais, mesmo os sadios. Entretanto, o problema ocorre diante de algumas situações que favorecem a anaerobiose e, como conseqüência, a multiplicação de clostrídeos e a produção destas substâncias tóxicas.
De acordo com o especialista, uma pancada que o animal leva, por exemplo, pode provocar uma deficiência de circulação de sangue nos músculos, falta de oxigênio e, em decorrência deste processo, a bactéria multiplica-se rapidamente, produzindo os inchaços característicos do carbúnculo sintomático ou manqueira. Outro problema ocasionado por este tipo de bactéria é a gangrena gasosa ou edema maligno. Por meio de feridas produzidas por acidentes, castrações, parto e corte do cordão umbilical e que entram em contato com os esporos de clostrídeos – presentes na terra, poeira ou fezes.
Estas são duas das doenças mais comuns que podem ser ocasionadas pelos clostrídeos. No Brasil, entretanto, existem diversos tipos de clostridioses que atingem os rebanhos bovinos em todo território. Além da gangrena gasosa e do carbúnculo sintomático, existem ainda as enterotoxemias e doenças neurotrópicas.
Como nas demais clostridioses, as enterotoxemias são doenças quase sempre fatais, de evolução rápida, caracterizadas por sinais gerais graves, normalmente seguidos de sintomas nervosos. São causadas pela disseminação no organismo, pela via sangüínea, de toxinas bacterianas produzidas pela multiplicação de clostrídeos no intestino e em órgãos abdominais. Já as doenças neurotrópicas, que incluem o tétano e o botulismo, estão mais ligadas ao sistema nervoso dos animais.
De acordo com o especialista, além de boas práticas de manejo e ações sanitárias preventivas, que incluem cuidados para evitar contaminação de feridas, higienização de equipamentos veterinários, adequado fornecimento da água e fontes de alimentos e mineralização correta, é fundamental a implementação de um programa de vacinação para impedir a ocorrência de clostridioses nos bovinos.
“Além desses cuidados, outra dica de manejo importante é fazer um ‘pente fino’ nas pastagens já que muitos animais com deficiências nutricionais ingerem as toxinas presentes em ossos e carcaças de animais mortos, propiciando, por exemplo, o surgimento do botulismo no rebanho”, acrescenta Morgado.
Doenças com alta incidência na bovinocultura, principalmente no período das chuvas, entre outubro e abril, as clostridioses são uma das principais causas de mortes repentinas em animais no Brasil – ocorrências que afetam a produtividade pecuária, em especial pela necessidade de reposição no plantel, além de causar surtos de mortalidade também em ovinos e caprinos.
Causadas por bactérias anaeróbias, isto é, que se multiplicam na ausência do ar, as clostridioses consistem basicamente na liberação de toxinas produzidas por estes microorganismos, os clostrídeos, responsáveis pelos sintomas e lesões observados nos animais doentes.
Segundo José Carlos Morgado, médico veterinário, o rebanho vive em contato com estas bactérias presentes normalmente no solo e no tubo digestivo dos animais, mesmo os sadios. Entretanto, o problema ocorre diante de algumas situações que favorecem a anaerobiose e, como conseqüência, a multiplicação de clostrídeos e a produção destas substâncias tóxicas.
De acordo com o especialista, uma pancada que o animal leva, por exemplo, pode provocar uma deficiência de circulação de sangue nos músculos, falta de oxigênio e, em decorrência deste processo, a bactéria multiplica-se rapidamente, produzindo os inchaços característicos do carbúnculo sintomático ou manqueira. Outro problema ocasionado por este tipo de bactéria é a gangrena gasosa ou edema maligno. Por meio de feridas produzidas por acidentes, castrações, parto e corte do cordão umbilical e que entram em contato com os esporos de clostrídeos – presentes na terra, poeira ou fezes.
Estas são duas das doenças mais comuns que podem ser ocasionadas pelos clostrídeos. No Brasil, entretanto, existem diversos tipos de clostridioses que atingem os rebanhos bovinos em todo território. Além da gangrena gasosa e do carbúnculo sintomático, existem ainda as enterotoxemias e doenças neurotrópicas.
Como nas demais clostridioses, as enterotoxemias são doenças quase sempre fatais, de evolução rápida, caracterizadas por sinais gerais graves, normalmente seguidos de sintomas nervosos. São causadas pela disseminação no organismo, pela via sangüínea, de toxinas bacterianas produzidas pela multiplicação de clostrídeos no intestino e em órgãos abdominais. Já as doenças neurotrópicas, que incluem o tétano e o botulismo, estão mais ligadas ao sistema nervoso dos animais.
De acordo com o especialista, além de boas práticas de manejo e ações sanitárias preventivas, que incluem cuidados para evitar contaminação de feridas, higienização de equipamentos veterinários, adequado fornecimento da água e fontes de alimentos e mineralização correta, é fundamental a implementação de um programa de vacinação para impedir a ocorrência de clostridioses nos bovinos.
“Além desses cuidados, outra dica de manejo importante é fazer um ‘pente fino’ nas pastagens já que muitos animais com deficiências nutricionais ingerem as toxinas presentes em ossos e carcaças de animais mortos, propiciando, por exemplo, o surgimento do botulismo no rebanho”, acrescenta Morgado.
08/04/2010
Fonte:Só Notícias
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