Genética maximiza o uso de bons reprodutores

equinos_fotogaleriaA equideocultura mato-grossense vai receber um reforço de peso durante a programação técnica da sexta edição do Encontro Internacional dos Negócios da Pecuária (Enipec 2010), que será realizado de 3 a 5 de maio, no Centro de Eventos Pantanal, em Cuiabá. O destaque será a utilização de técnicas da biotecnologia, que favorecem a reprodução otimizando manejo e reduzindo custos, que será apresentada aos congressistas com a palestra “Criopreservação de Sêmen e Inseminação Artificial em Equinos”.

O tema será abordado por José Antônio Ribas, doutor em Biotecnologia da Reprodução Animal pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF), no dia 4 de maio, a partir das 10h30. O Enipec 2010 é realizado pela Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) em co-realização com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/MT) e a Associação de Criadores de Mato Grosso (Acrimat). Nove cadeias produtivas serão discutidas no evento, incluindo a equideocultura.

A criopreservação é uma técnica em que a temperatura do sêmen é diminuída, de forma a reduzir o metabolismo espermático, permitindo sua manutenção por um maior período de tempo. Na prática, a criopreservação melhora a relação custo/benefício na produção de equinos, pois maximiza o uso de bons reprodutores, estendendo a relação égua/garanhão para criatórios distantes, por exemplo.

A Inseminação Artificial (IA) consiste em depositar o sêmen no trato reprodutivo da fêmea, sem que ocorra a cópula. A técnica convencional utilizada na inseminação de equinos prevê a deposição do sêmen no corpo uterino, mas como normalmente é feita com um baixo número de espermatozóides viáveis, devido principalmente à qualidade do sêmen congelado, existe uma tendência mundial em desenvolver outros protocolos para a inseminação artificial, visando melhores taxas de gestação.

“O desenvolvimento de biotecnologias cada vez mais modernas no nosso país é extremamente importante para a manutenção da nossa posição de destaque no cenário internacional, incrementando e incentivando investimentos para o melhoramento genético e zootécnico do nosso rebanho equino”, observa José Antônio Ribas.

A equideocultura – numa visão do agronegócio relacionado à indústria do cavalo – ocupa lugar de destaque na economia de países desenvolvidos e em desenvolvimento. No Brasil, por exemplo, a receita anual atinge cerca de R$ 7,5 bilhões e emprega 3,2 milhões de trabalhadores. ”Essa explosão da indústria do cavalo nos últimos anos foi favorecida pela liberação da utilização das biotécnicas, como a criopreservação do sêmen, a inseminação artificial e a transferência de embriões por diversas associações de criadores, que resultaram no melhoramento genético do nosso plantel”, analisa o doutor em Biotecnologia.